quinta-feira, 13 de maio de 2010

trabalhos

Galera vcs podem entregar os trabalhos até sábado

e aí estão os nomes do pessoal q me entregou

Jorge

Daniele

bgs;*

segunda-feira, 10 de maio de 2010

CADÊ OS TRABALHOS??????????

HOJE ERA PRA SER O ÚLTIMO DIA...
MAS VOU PRORROGAR ATÉ AMANHÃ
POR FAVOR ENVIEM
raylane_tephtdb@hotmail.com

bgs;*

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Questões avaliativas
Respondam todas as perguntas e enviem para meu email raylane_tephtdb@hotmail.com
Até segunda feira ok.. bgs ;*

Cada questão valerá 2 pontos

1) O que é sociologia, e qual a importância dela para você?(2,0)

Durkheim

1) O crime para Durkheim é um fato social normal ou patológico? Por quê? Reflita se o aumento da criminalidade nos últimos anos no Brasil e em outras sociedades permite ainda classificar o crime como um fato social normal e expresse sua opinião.(0,5)

2) Podemos dizer que para Durkheim os sentimentos humanos são fruto da coerção social? Por quê? (0,5)

Aborto, um problema mundial
" O aborto é uma velha prática, mas mesmo na antiguidade provocava grandes diferenças de opinião. Platão, na República, aprovava o aborto a fim de impedir o nascimento de filhos concebidos em incesto; Aristóteles, sempre prático, pensava no aborto como um útil regulador malthusiano. De outro lado, o juramento de Hipócrates contém as palavras: 'não darei a uma mulher o pessário para provocar aborto'; o código justiniano proibia o aborto. No entanto, parece haver pouca dúvida de que, no Império Romano e no mundo helenístico, o aborto era, nas palavras de um especialista, 'muito comum nas classes altas'. A Igreja Cristã opõe-se rigorosamente a essa 'atitude pagã' e considerou o aborto um pecado. Em muitos estados, a lei seguiu a doutrina da Igreja e considerou o pecado um crime. Mas na lei anglo-saxônica o aborto era considerado apenas um 'delito eclesiático'.
Hoje, o aborto é um problema mundial. Os levantamentos e estudos realizados por pesquisadores isolados e pela Unesco mostram que essa prática é muito difundida nos países escandinavos, na Finlândia, na Alemanha, na União Soviética, no Japão, no México, em Porto Rico, na América Latina, nos Estados Unidos, bem como em outras regiões. O livro de George Devereux, A Study of Abortion in Primitive Societies, que abrange aproximadamente quatrocentas sociedades pré-industriais, bem como vinte nações históricas e modernas, conclui que o aborto 'é um fenômeno absolutamente universal".

NEWMAN, James R. O Aborto como doença das sociedades.
In: Scientific American, p. 154.
Com base no texto responda:

3) Segundo a definição de Durkheim, o aborto seria um fato social? Justifique.(0,5)

4) Durkheim considera o aborto um fenômeno normal ou patológico? Por quê? E vc, como encara a questão?(0,5)

Weber

1) Qual a contribuição de Weber para o desenvolvimento da sociologia?(0,5)

2) Qual é diferença, para Weber, entre ação e relação social? (0,5)

3) O que é método compreensivo? (0,5)

4) De que maneira o protestantismo, segundo Weber, gera condutas adequadas ao capitalismo? (0,5)


Marx

Quero que vocês pesquisem a relação entre trabalho e valor de Karl Marx. (0,5)

O que você entende por mais valia? (0,5)

Explique como o desenvolvimento do capitalismo gera as condições de seu desaparecimento. (0,5)

Que fatos históricos contribuíram para a origem do capitalismo? (0,5)


Questão valor 2 pontos

Escolha entre Durkheim, Weber ou Marx e faça um comentário sobre os conceitos e idéias deles e por que você o escolheu?

4ª Aula


Karl Marx

Economista, filósofo e socialista alemão, Karl Marx nasceu na Alemanha em 1818 e morreu em Londres em 1883. Estudou na universidade de Berlim, principalmente a filosofia hegeliana, e formou-se em Iena, em 1841.


Alienação

O conceito de alienação é histórico, tendo o uma aplicação analítica numa ligação recíproca entre sujeito, objeto e condições concretas específicas. Logo, a história afirma que o homem evoluiu de acordo com seu trabalho. Portanto, a diferença do homem está na sua criatividade de procurar soluções para seus problemas, então com a prática do trabalho desenvolve seu raciocínio e sempre aprende uma “nova lição”.

Karl Marx, filósofo alemão, se preocupava muito com a questão da alienação do homem, principalmente em duas de suas obras, “Os “Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844” e “Elementos para a Crítica da Economia Política” (1857-58)”. Procuravam demonstrar a injustiça social que havia no capitalismo, afirmando que se tratava de um regime econômico de exploração, sendo a mais-valia uma grande arma do sistema. Assim, a alienação se manifesta a partir do momento que o objeto fabricado se torna alheio ao sujeito criador, ou seja, ao criar algo fora de si, o funcionário se nega no objeto criado. As indústrias utilizam de força de trabalho, sendo que os funcionários não necessitam ter o conhecimento do funcionamento da indústria inteira, a produção é totalmente coletivizada, necessitando de vários funcionários na obtenção de um produto, mas nenhum deles dominando todo o processo - individualização.

Por isso, a alienação no trabalho é gerada na sociedade devido à mercadoria, que são os produtos confeccionados pelos trabalhadores explorados, e o lucro, que vem a ser a usurpação do trabalhador para que mais mercadorias sejam produzidas e vendidas acima do preço investido no trabalhador, assim rompendo o homem de si mesmo. "A atividade produtiva é, portanto, a fonte da consciência, e a ‘consciência alienada’ é o reflexo da atividade alienada ou da alienação da atividade, isto é, da auto-alienação do trabalho." Mészaros (1981, p.76).

No entanto, a produção depende do consumo e vice-versa. Sendo que o consumo produz a produção, e sem o consumo o trabalhador não produz. A produção consome a força de trabalho, também sustentando o consumo, pois cada mercadoria consumida vira uma mercadoria a ser produzida. Por conseguinte, ao se consumir de um produto que não é por si produzido se fecha o ciclo de alienação. Pois, quando um produto é comprado estará alimentando pessoas por um lado, e por outro colaborando com sua alienação e suas respectivas explorações. Onde quer que o capital imponha relações entre mercadorias, à alienação se manifesta; é a relação social engendrada pelo capital, seu jeito de ser humano.

Sua existência determinada pela economia (razão) exige uma intervenção política (paixão) que destrua sua gênese (a posse individual dos meios de produção), que promova uma revolução na economia.

Há também a questão de alimentar a alienação, sendo outro prejudicial perante o consumo, que se trata das propagandas de produtos, que desumaniza os homens, tendo o objetivo de relacionar o produto com o consumidor, apropriando-se dos homens, e atingindo seu propósito a partir do momento que o produto é consumido, e a sensação de humanização entregue após a utilização.

Em síntese, para melhor compreender o problema da alienação é importante observar sua dupla contradição. Por um lado, há a ruptura do indivíduo com o seu próprio destino e há uma síntese de ruptura anterior, que apresenta novas possibilidades de romper à mesma alienação. O outro lado se apresenta como uma contradição externa, sendo o capital tentando tirar suas características como humano, que leva o homem a lutar pela reapropriação de seus gestos.

Após Marx confrontar a economia política, lançando pela primeira vez o termo “alienação no trabalho” e suas conseqüências no cotidiano das pessoas, Marx expõe pela primeira vez a alienação da sociedade burguesa – fetichismo, que é o fato da pessoa idolatrar certos objetos (automóveis, jóias, etc.). O importante não é mais o sentimento, a consciência, pensamentos, mas sim o que a pessoa tem. Sendo o dinheiro o maior fetiche desta cultura, que passa a ilusão às pessoas de possuir tudo o que desejam a respeito de bens materiais.

É muito importante também destacar que alienação se estende por todos os lados, mas não se trata de produto da consciência coletiva. A alienação somente constrói uma consciência fragmentada, que vem a ser algumas visões que as pessoas têm de um determinado assunto, algumas alienadas sem saber e outras que não esboçam nenhum posicionamento.

Classe social

Uma classe social é um grupo de pessoas que têm status social similar segundo critérios diversos, especialmente o econômico. Diferencia-se da casta social na medida em que ao membro de uma dada casta normalmente é impossível mudar de status.

Segundo a óptica marxista, em praticamente toda sociedade, seja ela pré-capitalista ou caracterizada por um capitalismo desenvolvido, existe a classe dominante, que controla direta ou indiretamente o Estado, e as classes dominadas por aquela, reproduzida inexoravelmente por uma estrutura social implantada pela classe dominante. Segundo a mesma visão de mundo, a história da humanidade é a sucessão das lutas de classes, de forma que sempre que uma classe dominada passa a assumir o papel de classe dominante, surge em seu lugar uma nova classe dominada, e aquela impõe a sua estrutura social mais adequada para a perpetuação da exploração.

A divisão da sociedade em classes é consequência dos diferentes papeis que os grupos sociais têm no processo de produção, seguindo a teoria de Karl Marx. È do papel ocupado por cada classe que depende o nível de fortuna e de rendimento, o gênero de vida e numerosas características culturais das diferentes classes. Classe social define-se como conjunto de agentes sociais nas mesmas condições no processo de produção e que têm afinidades políticas e ideológicas.

A partir da Idade Contemporânea, com o desenvolvimento do sistema capitalista industrial (e mesmo do pós-industrial), normalmente existe a noção de que as classes sociais, em diversos países, podem ser dividas em três níveis diferentes, dentro dos quais há subníveis. Atualmente, a estratificação das classes sociais segue a convenção baixa, média e alta, sendo que as duas primeiras designam o estrato da população com pouca capacidade financeira, tipicamente com dificuldades econômicas, e a última possui grande margem financeira.

A classe média é, portanto, o estrato considerado mais comum e mais numeroso, que, embora não sofra de dificuldades, não vive propriamente com grande margem financeira. Nota-se, porém, que, nos países de Terceiro Mundo, a classe média é uma minoria e a classe baixa é a maioria da população. Desta interpretação, é possível encontrar outras classes:

Classe alta-alta: Indivíduos que se destacam sócio-economicamente, normalmente donos de grandes empresas ou oriundos de famílias importantes(tradicionais) do passado;

Classe alta: Indivíduos altamente bem pagos;

Classe média-alta: indivíduos com salários médio-altos;

Classe média: Pessoas ganhando salários razoáveis ou medianos, porém inferiores aos dos membros da subclasse anterior

Classe média-baixa: Pessoas que recebem salários mais baixos, mas não são trabalhadores braçais;

Classe baixa: Trabalhadores braçais, também conhecidos como a "classe trabalhadora";

Miseráveis: Pessoas desempregadas ou não que vivem em um estado constante de pobreza.

CONCEITOS:

CAPITALISMO, SOCIALISMO E COMUNISMO

O CAPITALISMO tem seu início na Europa. Suas características aparecem desde a baixa idade média (do século XI ao XV) com a transferência do centro da vida econômica social e política dos feudos para a cidade. O feudalismo passava por uma grave crise decorrente da catástrofe demográfica causada pela Peste Negra que dizimou 40% da população européia e pela fome que assolava o povo. Já com o comércio reativado pelas Cruzadas (do século XI ao XII), a Europa passou por um intenso desenvolvimento urbano e comercial e, conseqüentemente, as relações de produção capitalistas se multiplicaram, minando as bases do feudalismo. Na Idade Moderna, os reis expandem seu poderio econômico e político através do mercantilismo e do absolutismo. Dentre os defensores deste temos os filósofos Jean Bodin("os reis tinham o direito de impor leis aos súditos sem o consentimento deles"), Jacques Bossuet ("o rei está no trono por vontade de Deus") e Niccòlo Machiavelli("a unidade política é fundamental para a grandeza de uma nação").

Com o absolutismo e com o mercantilismo o Estado passava a controlar a economia e a buscar colônias para adquirir metais (metalismo) através da exploração. Isso para garantir o enriquecimento da metrópole. Esse enriquecimento favorece a burguesia - classe que detém os meios de produção - que passa a contestar o poder do rei, resultando na crise do sistema absolutista. E com as revoluções burguesas, como a Revolução Francesa e a Revolução Inglesa, estava garantido o triunfo do capitalismo.

A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, inicia-se um processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital. Na Europa Ocidental, a burguesia assume o controle econômico e político. As sociedades vão superando os tradicionais critérios da aristocracia (principalmente a do privilégio de nascimento) e a força do capital se impõe. Surgem as primeiras teorias econômicas: a fisiocracia e o liberalismo. Na Inglaterra, o escocês Adam Smith (1723-1790), percursor do liberalismo econômico, publica Uma Investigação sobre Naturezas e Causas da Riqueza das Nações, em que defende a livre-iniciativa e a não-interferência do Estado na economia.

Deste ponto, para a atual realidade econômica, pequenas mudanças estruturais ocorreram em nosso fúnebre sistema capitalista.

SOCIALISMO - A História das Idéias Socialistas possui alguns cortes de importância. O primeiro deles é entre os socialistas Utópicos e os socialistas Científicos, marcado pela introdução das idéias de Marx e Engels no universo das propostas de construção da nova sociedade. O avanço das idéias marxistas consegue dar maior homogeneidade ao movimento socialista internacional.

Pela primeira vez, trabalhadores de países diferentes, quando pensavam em socialismo, estavam pensando numa mesma sociedade - aquela preconizada por Marx - e numa mesma maneira de chegar ao poder.

COMUNISMO - As idéias básicas de Karl Marx estão expressas principalmente no livro O Capital em O Manifesto Comunista, obra que escreveu com Friedrich Engels, economista alemão. Marx acreditava que a única forma de alcançar uma sociedade feliz e harmoniosa seria com os trabalhadores no poder. Em parte, suas idéias eram uma reação às duras condições de vida dos trabalhadores no século XIX, na França, na Inglaterra e na Alemanha. Os trabalhadores das fábricas e das minas eram mal pagos e tinham de trabalhar muitas horas sob condições desumanas.

Marx estava convencido que a vitória do comunismo era inevitável. Afirmava que a história segue certas leis imutáveis, à medida que avança de um estágio a outro. Cada estágio caracteriza-se por lutas que conduzem a um estágio superior de desenvolvimento. O comunismo, segundo Marx, é o último e mais alto estágio de desenvolvimento.

Mais valia

Para Marx, a chave para a compreensão dos estágios do desenvolvimento é a relação entre as diferentes classes de indivíduos na produção de bens. Afirmava que o dono da riqueza é a classe dirigente porque usa o poder econômico e político para impor sua vontade ao povo. Para ele, a luta de classes é o meio pelo qual a história progride. Marx achava que a classe dirigente jamais iria abrir mão do poder por livre e espontânea vontade e que, assim, a luta e a violência eram inevitáveis.

Mais-valia é o termo usado para designar a disparidade entre o salário pago e o valor do trabalho produzido. Existem muitos cientistas e pensadores sociais que desenvolveram diferentes vertentes para conceber uma explicação para surgimento e o funcionamento do sistema capitalista.
Para Adam Smith, o valor do trabalho agregado ao produto é menor que o valor que a mercadoria poderia ser vendida. David Ricardo afirmava que a questão salarial está ligada às necessidades fisiológicas, isso quer dizer que o valor pago gira em torno das condições mínimas de sobrevivência, ou seja, o ordenado cobre somente o essencial (alimentos, roupas).
De acordo com Werner Sombart, o capitalismo não se encontrava aliado somente à economia, mas à essência da burguesia que emergiu no final da Idade Média na Europa. Isso propiciou o nascimento de um pensamento burguês que afirmava que para melhor acumular riquezas o principal não era acumular capital.
Karl Marx fez uma análise dialética sobre o tema, afirmou que o sistema capitalista representa a própria exploração do trabalhador por parte do dono dos meios de produção, na disputa desigual entre capital e proletário sempre o primeiro sai vencedor. Desse modo, o ordenado pago representa um pequeno percentual do resultado final do trabalho (mercadoria ou produto), então a disparidade configura concretamente a chamada mais-valia, dando origem a uma lucratividade maior para o capitalista.

MATERIALISMO HISTÓRICO

Na teoria marxista, o materialismo histórico pretende a explicação da história das sociedades humanas, em todas as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente econômicos e técnicos. A sociedade é comparada a um edifício no qual as fundações, a infra-estrutura, seriam representadas pelas forças econômicas, enquanto o edifício em si, a superestrutura, representaria as idéias, costumes, instituições (políticas, religiosas, jurídicas, etc). A propósito, Marx escreveu, na obra A Miséria da filosofia (1847) na qual estabelece polêmica com Proudhon:

As relações sociais são inteiramente interligadas às forças produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, os homens modificam o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida, modificam todas as relações sociais. O moinho a braço vos dará a sociedade com o suserano; o moinho a vapor, a sociedade com o capitalismo industrial.

Tal afirmação, defendendo rigoroso determinismo econômico em todas as sociedades humanas, foi estabelecida por Marx e Engels dentro do permanente clima de polêmica que mantiveram com seus opositores, e atenuada com a afirmativa de que existe constante interação e interdependência entre os dois níveis que compõe a estrutura social: da mesma maneira pela qual a infra-estrutura atua sobre a superestrutura, sobre os reflexos desta, embora, em última instância, sejam os fatores econômicos as condições finalmente determinantes.

Marxismo

O Marxismo é o conjunto de idéias filosóficas, econômicas, políticas e sociais elaboradas primariamente por Karl Marx eFriedrich Engels e desenvolvidas mais tarde por outros seguidores. Baseado na concepção materialista e dialética da História interpreta a vida social conforme a dinâmica da base produtiva das sociedades e das lutas de classes daí conseqüentes. O marxismo compreende o homem como um ser social histórico e que possui a capacidade de trabalhar e desenvolver a produtividade do trabalho, o que diferencia os homens dos outros animais e possibilita o progresso de sua emancipação da escassez da natureza, o que proporciona o desenvolvimento das potencialidades humanas. A luta comunista se resume à emancipação do proletariado por meio da liberação da classe operária, para que os trabalhadores da cidade e do campo, em aliança política, rompam na raiz a propriedade privada burguesa, transformando a base produtiva no sentido da socialização dos meios de produção, para a realização do trabalho livremente associado - o comunismo -, abolindo as classes sociais existentes e orientando a produção - sob controle social dos próprios produtores - de acordo com os interesses humanos-naturais.

Fruto de décadas de colaboração entre Karl Marx e Friedrich Engels, o marxismo influenciou os mais diversos setores da atividade humana ao longo do século XX, desde a política e a prática sindical até a análise e interpretação de fatos sociais, morais, artísticos, históricos e econômicos. O marxismo foi utilizado desvirtuadamente como base para as doutrinas oficiais utilizadas nos países socialistas, nas sociedades pós-revolucionárias.

No entanto, o marxismo ultrapassou as idéias dos seus precursores, tornando-se uma corrente político-teórica que abrange uma ampla gama de pensadores e militantes, nem sempre coincidentes e assumindo posições teóricas e políticas às vezes antagônicas, tornando-se necessário observar as diversas definições de marxismo e suas diversas tendências, especialmente a social-democracia, obolchevismo, o esquerdismo e o comunismo de conselhos.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

3ª Aula


Max Weber


Max Weber é um alemão que desenvolveu estudos de direito, história, filosofia e sociologia, constantemente interrompidos por uma doença que o acompanhou toda a vida. Na política weber defendeu ardorosamente seus pontos de vista liberais e parlamentaristas e participou da comissão redatora da constituição da republica de Weimar. Sua maior influência da sociologia foi no estudo das religiões, estabelecendo relações entre formações políticas e crenças religiosas.

Ação social

Cada formação social adquiriu, para Weber, especificamente e importância próprias. Mas o ponto de partida da sociologia de weber não estava nas entidades coletivas, grupos ou instituições. Seu objetivo de investigação é a ação, a conduta humana dotada de sentido, isto é, de uma justificativa subjetivamente elaborada. Assim o homem passou a ter, como individuo, na teoria weberiana, significado e especificidade. É o agente social que da sentido a ação: estabelece a conexão entre o motivo da ação, a ação propriamente dita e seus efeitos.

O termo "ação social" foi introduzido por Max Weber, em sua obra Ensaios de Sociologia - Obra transcrita de seu discurso em um congresso na Universidade de Heidelberg. É um termo mais abrangente que o fenômeno social de Florian Znaniecki, posto que o indivíduo performando ações sociais não é passivo, mas (potencialmente) ativo e reativo.

Weber diferenciou alguns tipos de ações sociais:

Ações racionais (também conhecidas como racionais por valores): ações tomadas com base nos valores do indivíduo, mas sem pensar nas consequências e muitas vezes sem considerar se os meios escolhidos são apropriados para atingi-lo.

Ações instrumentais (também conhecidas como ação por fins): ações planejadas e tomadas após avaliado o fim em relação a outros fins, e após a consideração de vários meios (e consequências) para atingi-los. Um exemplo seria a maioria das transações econômicas

Ações afetivas (também conhecidas como ações emocionais): ações tomadas devido às emoções do indivíduo, para expressar sentimentos pessoais. Como exemplos, comemorar após a vitória, chorar em um funeral seriam ações emocionais.

Ações tradicionais : ações baseadas na tradição enraizada. Um exemplo seria relaxar nos domingos e colocar roupas mais leves. Algumas ações tradicionais podem se tornar um artefato cultural.

Na hierarquia sociológica, a ação social é mais avançada que o comportamento, ação e comportamento social, e é em sequência seguida por contatos sociais mais avançados, interação social e relação social.

Tipo ideal

O tipo ideal de Weber corresponde ao que Florestan Fernandes definiu como conceitos sociológicos construídos interpretivamente enquanto instrumentos de ordenação da realidade. O conceito, ou tipo ideal, é previamente construído e testado, depois aplicado a diferentes situações em que dado fenômeno possa ter ocorrido. À medida que o fenômeno se aproxima ou se afasta de sua manifestação típica, o sociólogo pode identificar e selecionar aspectos que tenham interesse à explicação, como, por exemplo, os fenômenos típicos capitalismo e feudalismo.

Contexto histórico e método compreensivo

Weber sistematiza sua metodologia sociológica partindo da perspectiva de que o caráter particular e específico de cada formação social e histórica deve ser respeitado. Suas formulações podem ser vistas como produtos de seu contexto, visto que somente ao início do século XIX a Alemanha passava pelo seu processo de industrialização — tardiamente quando comparado à expansão urbana e formação da burguesia industrial na Inglaterra e na França ainda no século XVIII; onde floresceram o Positivismo, e o Evolucionismo, resultando em uma metodologia sociológica voltada aos anseios da sociedade industrial, e a ela adaptada.

Pode-se dizer que enquanto Comte se valia de dos preceitos das chamadas ciências "naturais", como a Biologia, Física e Matemática, em outras palavras como exemplo: darwinismo, mecanicismo e racionalismo; na Alemanha a Sociologia estaria sob influências de outras correntes, que visavam anseios menos expansionistas, e lançando mão das ciências humanas, tal como a Antropologia.

Uma dessas correntes filosóficas é o Historicismo, que após Hegel foi bastante influente na Alemanha, especialmente dentro de seu Idealismo, e mais tarde presente também em Marx e seu Materialismo histórico-dialético. Portanto, o Historicismo como outras escolas filosóficas germânicas, propunham um contexto ao que Weber, para elaborar o tipo ideal como instrumento de seu método, preconizava a preocupação com o estudo das evidências particulares e compreensão das mesmas, em oposição à generalização e comparação presentes em Comte e Durkheim, próprias da sociologia positivista.

Para Weber, portanto, o historiador, ou o sociólogo, jamais trabalha com a totalidade dos fatos históricos, baseando-se na coleta de dados e no esforço interpretativo das fontes, lida, portanto com dados esparsos e fragmentários. Propondo para essa análise o método compreensivo, isto é, um esforço interpretativo do passado e de sua repercussão nas características peculiares das sociedades contemporâneas.

Neste âmbito, o tipo ideal surge como forma de compreender a realidade, mas sem de fato corresponder à ela, já que a realidade, não seria possível de ser alcançada em sua totalidade. Igualmente não seria alcançada a neutralidade total e objetiva do cientista, pois este é guiado pelos seus sentimentos, por suas escolhas subjetivas e seus valores.


Resumo do livro A Ética Protestante E O Espírito Do Capitalismo
(Max Weber)

"A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" é um dos livros fundamentais da teoria sociológica clássica. Elaborado com o intuito de se contrapôr às interpretações materialistas do marxismo em voga, o livro propõe uma compreensão do capitalismo que parte, ao invés do âmbito econômico (as relações sociais de produção, como fazia Marx), do âmbito espiritual, cultural. Daí porque a história do capitalismo é contada a partir do desenvolvimento da ética protestante. Esta ética, surgida no contexto da Reforma como crítica do Catolicismo propunha uma forma de religiosidade diferente, mais espiritualizada. O ponto principal de divergência entre a ética protestante e a católica está em sua concepção de salvação: ao contrário das doutrinas católicas, o protestantismo não considera que as boas ações do sujeito possam influir em sua salvação. Ao contrário, esta salvação está garantida ou não por Deus, independentemente do comportamento do sujeito. O sujeito não tem como garantir sua salvação, mesmo que aja moralmente e que pratique o bem. Se este sujeito possui esse comportamento irreprovável, o protestantismo considera que ele deve ser um escolhido, mas não pode, de modo algum, garantir isso. Os desígnios divinos estão absolutamente fora do alcance de qualquer ser humano. Entre Deus e os homens, não há qualquer mediação - mesmo a Igreja não possui qualquer contato especial com Ele. Daí porque também, no protestantismo, toda vida religiosa que antes era coletiva (na

(Idade Média católica) torna-se essencialmente individual. Nesse sentido, o protestantismo:

1) separa radicalmente o homem de Deus, já que os desígnios d'Ele não podem ser conhecidos pela limitada mente humana;

2) desenvolve a teoria da Predestinação (já que não podemos agir moralmente e assim garantir a salvação, só podemos imaginar que alguns são predestinados à salvação, embora não possamos nos certificar de quais são os escolhidos);

3) como substituto à idéia católica das boas ações que garantem a salvação, cria-se a idéia de que o sucesso na vida mundana é um sinal de que se é predestinado. Com isso, o protestantismo cria uma ética inteiramente nova: a ética do trabalho. Se Deus quer a Glória, se todo o Universo é criado para a Glória de Deus, e se os homens são escolhidos ou não nesse Universo por Deus, sem que nós possamos garantir nenhuma salvação, então apenas podemos nos contentar (e procurar nos tranquilizar) com a idéia de que, se somos prósperos, se engrandecemos a glória divina, então devemos ter sido escolhidos. Daí porque a riqueza é o sinal de nossa salvação, e consequentemente, a ética é a da produção da glória divina, a produção da prosperidade, da riqueza. No entanto, esta riqueza deve ser produzida para a Glória de Deus e não para a glória humana mundana. O sinal da salvação é dado pela prosperidade do homem que acumula, e não pelo homem que gasta - pois este último não trabalha pela glória de Deus, portanto não deve ser um escolhido. A ética protestante, como ética do trabalho feito para a acumulação (e não para os gastos, as despesas, o consumo da riqueza) é o fator cultural determinante para o desenvolvimento do capitalismo, segundo Weber. Assim, contrapondo-se à interpretação marxista clássica, Weber propõe uma inversão no materialismo - propõe que um valor ético foi capaz de criar as condições para um desenvolvimento econômico - e torna-se, desse modo, um outro clássico fundamental na literatura sociológica.